A vida é gravada ao vivo perante uma audiência muito diversa. Essa plateia não vê o que tu queres ver, apesar de crer na obra.

A gravação decai rapidamente.

O que dizes, mostras e fazes não é absoluto e depende até da hora do dia em que acontece. Por vezes no limiar da ficção, a percepção da realidade é cada vez mais uma questão discutível e individual.

É uma espécie de separação das camadas coletivas que se justifica pelo questionar dos “credos” desde a base, pela exigência de uma certa noção da liberdade.

Eu questiono a autonomia dessa noção pelo exercício do verdadeiro conceito de liberdade, onde a minha realidade não serve para a tua e o contrário não é verdade.

O culto da personalidade é agora uma promoção contínua de cada um em relação ao outro.

Vivo num tempo em que tudo parece relativo, até o absoluto.