Vivo transtornado por uma imagem reflectida, naturalmente por outros, em mim.
É uma tentativa de assalto, subtração e invasão da minha generosidade natural.
Um artifício moderno, este ataque deliberado ao que é para mim uma relação normal e simples entre pares, define o carácter virulento da sociedade: contaminar continuamente tudo e todos com a noção de narciso, até que ele se materialize numa implosão singular.
Viver num mundo real ocupado pelo espaço para inúmeras irrealidades individuais.
Caminhamos para aí, com a natural falta de generosidade.
Continuo a achar errado.