As pessoas aderiram à conveniência. De um modo geral, se não o for é negado, renegado e até abandonado.

É um fenómeno de tal ordem conveniente que nos convencemos que essa absurda elevação a direito de tudo nos resolve a própria vida.

É conveniente:

falar sem estar presente,

namorar à distância,

educar enquanto ausente,

comprar à suposta porta de casa,

comer do mundo,

colecionar viagens,

trocar de tudo e voltar a comprar novo,

desculpar a nossa solidariedade,

ser inseguro,

centrar a realidade na nossa ficção,

defender causas alheias,

ceder ao grupo,

reagir por mensagem,

em tempo real,

sem tempo real,

e por isso, se não é conveniente, não é normal.