A minha “perda”
é um ganho de todos.
Até porque a ofereço,
a pensar no que deixo.
Só a perder
me permito viver,
neste mundo de lucros,
que louco me querem fazer.
E só assim,
a perda me faz melhor,
quando dou tudo de mim,
sem pensar sequer em dor.
Desta perda vivo consciente,
do que afinal dou sem pensar,
mas nem isso me faz gente,
nem assim me hão-de lembrar.