Uma vida feita de condições é algo que pouco sabemos evitar. É fácil recair vezes sem conta na justificação, na ilusão e sobretudo na resignação da desilusão. É difícil encarar que tudo deve estar relacionado, sem condições pré estabelecidas que não a empatia, o conforto e a segurança de uma vida consciente, partilhada e intencional.

Essa vida pode ser vista como as horas que trabalhamos para ganhar o sono que precisamos ou como os dias que feriamos porque deduzimos ao ano uns meros momentos de pausa ou como os anos que nos sobram para contemplar a vida enquanto esperamos a companhia da morte até que definhamos ou então, o total oposto.


Esta decisão individual afeta diretamente a perspectiva de cada um sobre essa tal vida, e por consequência implica uma afectação por estimulação emocional dos nossos mais próximos. Uma certa práctica de estar, que relaciona a empatia, o conforto e a consciência com uma noção complementar de propósito, intenção e resultado.

Podemos assim supor que essa visão repensa: o descanso que nos permite a vida diária quando envolvidos numa ação construtiva que, por mais elementar é sempre uma parte de um todo relativo; o refúgio de uma época intensa que nos permite dar e receber, a nós ou aos nossos, num período que devemos sempre alongar ao máximo da sua qualidade em recuperar; o estado contínuo que deixa para os outros os ensinamentos da experiênica que transmitimos a quem queremos, só por termos existido.

Por isto afirmo que o inverso é o suposto, porque da forma que está não será o futuro que acarinhamos para que algúem o possa admirar.