A obra de Siza é feita do plano que ele decidiu retirar dos seus pés.

Chã, plana, penitente, poética e plena, tal como uma pérola obtusa, a perspetiva da sua arquitetura é a singular expressão do seu homem, Álvaro.

Álvaro

O mesmo que começou por perceber que a obra se faz por subtração do supérfluo, na adição do significado, sempre imperfeito. Algo que só esculpido se sabe mostrar.

Heresia

E por isso a distinção entre material e matéria, carrega o drama deste enredo, denso, como o arquiteto que escolheu viver no decorrer da sua obra.

Tratados

Admiráveis poemas visuais, as suas obras carregam um peso semântico, imanente e intelectual, tanto quanto existencial. Vemos nelas, como que o desenrolar de um processo de punição.

Adeus Loos

Um processo que começa por maneirismos progressistas que avançam uma noção de libertação das bases clássicas da arquitetura em direção ao campo intersecional e inclassificável da sua narrativa barroca, magistral.

Mais do que um pleno barroco poético, uma visão pós maneirista punk.