Cada dia que passa o dinheiro toma diferentes formas para mim. Pensava eu que as realidades conhecidas de certos objetos, nomeadamente a forma reconhecível do dinheiro, não seriam nunca questionáveis no uso e função. Mas são.
Enganei-me, ou aprendi, não interessa, o que interessa é que a “forma” do dinheiro para mim, mudou. Deixou de ser uma única estrutura de matéria visível, representado as fronteiras e todos os outros limites impostos pela sua presença e passou a ser um conceito abstrato de relativa importância e uso.
Prefiro ter água comigo do que o bolso cheio de notas, pois dependo continuamente da primeira matéria, tanto quanto relativizo a necessidade e a intermitência da segunda.
O dinheiro é um conceito e não um bem, valor, ou comodidade. É um limite, uma condição e uma realidade incontornável para nos deslocarmos sequer no nosso mundo próximo. Mas é também possível de identificar e relativizar. É possível de evitar e propor alternar.
Será esta a primeira oportunidade em que desvendamos a imagem real do mundo. Sem a sua presença percebemos que é necessário somente para que não tem mais nenhuma opção disponível. É desnecessário numa proporção maior do que alguns vez imaginamos e quando assim é os valores maiores que o dinheiro assumem o seu papel individual.
Solidariedade, bondade, empatia e simpatia, cordialidade, urbanidade e cidadania, educação, formação e treino, humildade, dedicação e profissionalismo. Honestidade. Estes são alguns dos meus valores, os principais e impossíveis de comparar em valor com o dinheiro. São estes os meus bens, que guardo e faço render.
São estes os meus valores e a minha fonte de riqueza e que assim me considero e chamo de rico pois esta é a nossa verdadeira riqueza ò Júlia…