Hoje pediram-me para escrever.
Nunca mo tinham feito, achei estranho, quase premeditado, mas porque sei quem o fez, não posso negar o pedido. Nem tema, nem nada, só me foi pedido escrever : ” – Escreve! ” E assim fiz, faço, aliás, que este pedido é presente, não é passado e como bem me conheço, dou sempre aos outros o tempo que me mereço, antes mesmo de o ter para mim. Por isso …
Sem saber bem o que escrever, escrevo sobre esse pedido, sem grandes descrições, pois foi assim que foi feito. Pragmatismo é coisa que não falta e cada vez mais há mais objetividade, por isso não vale a pena pensar, vindo de quem vem o pedido, nem vou questionar, simplesmente acedi. Sem resignação, pelo contrário, com a convicção de que esse pedido me era dirigido a mim por consideração ao que sou e ao que querem de mim.
Sem mais sentido do que este que tenho, escrevo as mais simples palavras de apreço, e sou grato, claro no que digo, sem bajular ninguém, tenho que dizer meu amigo, que quem me pede sabe bem, eu conheço.
Faço assim questão de dizer que aqui está o meu acordo, remetido bem sabes a quem e porque mo pediste fazer, sem voluptas de estilo e sem grandes meios, simples como o homem que sou, a falar de coisa nenhuma, e sem medos ou outros receios.