Eu vivo o crime do desassossego e a inquietude é a prova deste corpus. A culpa deste ser anormal tem o ónus na razão de estar vivo, muito pela forma como encaro o que vejo desde o valor que me assalta. Ver é a arma que impacta quem ouve o meu estado imediato, mas letal é a onda ressonante que contamina desde o momento em que se sabe que não foi só esse o assalto.
Interessa para mim o contexto que me rodeia, não só porque me movo nesse compêndio de certezas desde a insegurança de pensar, mas também como acrescento a presença e a imagem de mim à nossa história humana. Estou claro marcado como uns dos que merecem ser procurados e poucos sabem o que ando a preparar.