Carta de motivação
EXTERNO
É na plena continuidade dos coletivos PLÁKA, que me encontro presente, no acionamento da cidade, e pela comunidade que a promove.
Sinto a ação formativa, estruturante e pioneira que a cada passo toma controlo sobre a decisão de ser mais, não só alguma coisa, e como isso passou a comandar em cada participante o tempo da sua própria contemporaneidade. Como passei eu, a ser a ferramenta de contexto além da minha abordagem pessoal com o meu outro mundo.
A vivência desde a resistência da política da sobrevivência, uma aposta na perspetiva da ética, filosófica e sedimentada na base do conhecimento como observação do alheio, adjetivou cada participante com a relação dentro do seu ecossistema particular, como a garantia de acesso à camada mais comum.
E agora a prática, o acionamento da rotina pela experiência que suja, ensina, limpa e repete. Metodologicamente, a dissecação de objetivos, competências e responsabilidades, numa taxonomia tutorial de filosofia aplicada, prática. Mesmo temporária, e desde a leitura da escola oficina, pretendo criticar-me na posição que ocupo e dessa forma implicar o contexto que se cruza tangencialmente comigo; como poderá intersetar uma nova realidade aumentada, mais competente e consciente, feita não só de mim como dos outros que também se debatem para nunca parar de aprender.
INTERNO
Admito-me um ser profundamente epistemológico, e vivo dessa filosofia da ciência e do conhecimento. Divido as minhas metodologias e abordagens, sistemas e processos, enquanto rotinas diárias de criação e hipótese. Nesse contexto, muito raramente sou acompanhado por tutoria que não a decisão do gosto comercial de outros. Por isso criei um conjunto de ferramentas, verificações e auto análises de ato, modo e resumo que me infligem uma auto curadoria em simbiose com essa tutoria auto curada, que me distanciam cada vez mais da realidade medíocre do mercado – práticas que precisam de teste, mais teste. Exploro desde sempre os limites da encomenda comercial com a autoriginalidade, a de um ser como eu : um monstro crítico, em frente ao espelho, a flutuar na busca do eterno COMO? É desta forma que penso, seja no meu contexto de iguais, seja separado pelo tempo e pelo espaço em tantos outras dimensões cosmológicas, as quais, sem perda de nexo, rumam para mim, em mim, como instituição.
ANA ROCHA, ANDRÉ SOUSA (Tutores)
20-24 de Novembro 2018 + 11-15 de Dezembro de 2018 + 14-19 de Janeiro de 2019 Com Adrian Heathfield, Benjamin Seroussi, Catarina Saraiva, Fadwa Naamna, Irit Rogoff, Markus Miessen, Olivier Marbouef, Pedro G. Romero e Stephan Dillemuth