Dádiva

Tenho uma grande dificuldade em falar com os outros sobre como eu vivo.

A exigência de uma comparação, não permite uma distância abstracta e objectiva, sobre a minha visão estrutural, sobre cada comportamento, opção ou mesmo, sobre os pontos de vistas accionáveis que promovo enquanto ser social.

Dessa forma, a justificação impossível, no sentido lato da humanidade crítica (do que e do como, eu interajo e os permito interagir comigo), é no mínimo, de difícil acesso, mental.

Demonstrar, como exemplo, num raciocínio de manipulação do resultado final amplificado, o respeito pelo outro, no pleno sentido da ajuda e da dádiva, é, e será sempre, uma falácia relacional. Mesmo consciente do quão incapaz ou infrutífera essa situação é, o descrédito pela incompreensão ainda prevalece.

Este é o espectro onde o ser biológico submete a sua essência sobre qualquer outra dimensão humana.

No mesmo plano, garantir que a humanidade de um monstro é a sua face mais realista, situa-se antropologicamente entre a progressão selectiva enquanto o objectivo do raciocínio e o desenvolvimento pessoal enquanto a antítese do comum.