Amo-te verdadeiramente.
Tu, sim a ti, sua puta de vida, em todos os teus momento de legião. Em todos, mesmo os que me subtrais, pelo que me obrigas a ver.
Já sei… Não me obrigas a nada, eu é que quero, mesmo ver… Mesmo assim, colocas-me em píncaros difíceis de explicar, antever que nesses magotes de estranhos mundanos, nunca me importo de ter.
Sou um teu monumento de verdade, autónomo. Anónimo por vocação, afinal tão só o que me interessa preservar; uma intimidade que me reserva do escrutínio simplista, dessa figura de estilo social que prevalece nas mentes dementes.
Com forma de ser, minha primeiro, e só depois de alguns outros, esses que por certo acaso, podem ver como se desdobra uma mente, em ser, humano e bicho, por inteiro.
Além de amor, é cego, pois continuo a achar que somos feitos um para o outro, somos mais que perfeitos. Um duo, inseparável numa canção de amigo repetida vezes e vezes sem conta num disco sem lado; uma desculpa interminável que já não fere, nem mesmo nas cenas execráveis das tuas traições.
Eu sei que te embeicei desde cedo, e sei que não é justo para ti, que te dás a todos, mas também é sempre a ti, sua puta, que volto a perdoar a tristeza da traição.
De momento em momento, nunca te escondo o que sei, por isso dou, e dou sempre, e pelo que recebo de ti, sei que nunca serei o teu rei.
Mas, somos felizes assim, tu com todos e eu em mim.