Domínio

Faço-me nascer, agora que sempre quis, quando afinal, nem preciso.

Essa vida, onde sou domínio, não me foge, nem muito, nem perto, é só essa presença de mim, que não me ilude.

É por isso que brindo ao espaço, o que é meu, ao fluido, que pelo tempo se dilui na transparência da cadência, mais e mais anormal.

Excêntrico, enquanto concêntrico, momentaneamente ascenso a camadas de mais e mais, simples. Menos denso, propenso a ser usado por mais.

Nunca reduzido em nada, elevado à dimensão da compreensão, mais e mais, simples.

O códice de uma vida que nunca se encriptou além do meandro da sua própria existência, é agora, o mais importante elo na transição para o valor que se encontra quando se avança, em frente.

Tanto, em tantos, os que rodeiam o meu mundo, meu, porque o fiz assim… Sem dono, livre de ser a sombra que me paira, protege e ampara a falta, a falha, o tempo.

Anímico, positivo como o sangue que corre além das minhas veias, nos monstros que vejo crescer, nascer, morrer e a sentir, o que a mim é somente corroborar, o génio do meu olhar.