Desafio : escreve a primeira vez como se escrevesses para uma criança, depois um adolescente, depois um adulto, depois para ti, depois para um velho.

– Sabes bem o que eu gosto de ti. Por isso, podes sempre achar que eu sou teu amigo, e podes ter a certeza que te vou ajudar em tudo, mesmo tudo… o que não for meu para fazer. 
Tens que saber o que queres fazer, e só depois, só mesmo no fim, pedir ajuda. Mas se não souberes pedir o melhor é nem tentar que já sabes que te vou dizer para pensar…

– ‎Oh pois, dizes isso, mas a mim não me dizes o que fazer. Estás sempre a exigir-me as mesmas coisas e eu nunca sei o que me queres dizer… Dizem que m’ajudas mas nunca ajudas a fazer o que tu queres. Fico sempre perdida, sem saber nada, mesmo depois de pensar, no que preciso, para ter a tua ajuda!

– ‎Sabes bem que não é isso que te dizem! Nós dizemos-te como saber fazer, para quando vocês estiverem por vós, se lembrarem do que te disseram… Já viste o que era a tua vida se não soubesses procurar? Como procurar… Diz-me lá que não te lembras do que te dizem quando precisas saber o que fazer? De quem te lembras…?

– ‎Comigo também foi assim. Disseram-me sempre para fazer o melhor e isso nem sempre era o que eu queria mas foi a maneira de me porem a pensar em mim, de me protegerem, sem estarem presentes. É como se eu soubesse o que tu vais sentir e vais precisar, e assim ficas a saber o mesmo que eu. A seguir fazes melhor. Vais fazer de certeza… já vais com avanço! Eu também tive as minhas dúvidas e sempre fui impaciente… Ainda sou! Principalmente quando sei que sei a resposta, e vejo os outros todos à procura…

– ‎Pois, eu também… 

– ‎Huhmm

– ‎… acho…

– ‎Ouve-se bem, antes de…

– … mas…

– ‎Deixa-os perguntar. Tu também, bem sabes, queres perguntar tudo. Sempre foste assim, mesmo pequeno nunca paravas de perguntar tudo, sempre. Eras assim, e ainda bem, mas tudo, agora ouve. Ajuda-os a sério. Volta.