Crluz

Há uma beleza no cru que só pode ser decomposto na luz. Mesmo essa é feita simplicidade complexa da onda e da medida. Do universo, da existência e da realidade percebida, do ser, e do ser como algo. Um palco.

Desde a fantasia ao mais eterno clamor de euforia, a luz vasa da sombra para se afirmar como dona do nosso. Parabéns, luz, por seres quem és, ó que és, e quem serás mais daqui para a minha frente. Mais crua, como eu sou cru.

É porque gosto mas muito mais porque preciso, de facto, forma e predicado. É assim, muito base, audível, saturado, afinal um cru pode ser assim composto. Há o cru cru e depois há o meu cru. Um momento atrás do outro, vindo do meu nada, desconforto da partida e da chegada, pelo percurso perdido até agora, mais nada. Um abraço de realidade e facto, irrefutável no sistema que metodologia a decisão de ser cru. O meu cru. Eu cru. Preciso de ser mais cru, só para o meu cru ser só o meu cru e não mais um cru só meu.