Ratio

Eficiência e eficácia são as principais diferenças de desempenho entre todos os que ambicionam reconhecimento. Seja auto infligido ou dependente do ambiente próximo, esta perniciosa bipolaridade de forma é o fundamento primordial de carácter profissional que reconheço em muitos.

A primeira diferença traduz produção competente, habilidade, organização e em casos especiais, a proficiência. Apregoa ser capaz de adjectivar a forma como o percursor se debruça sobre a tarefa e mede, em relação ao emissor, a capacidade e utilidade da ação. A segunda depende do resultado final, na perspectiva do qual e do quando se atinge. Sendo a eficácia uma unidade de medida quantificável, pela obtenção de um fim, define um espectro demasiado contextual à ação e ao seu receptor para ser possível uma generalização homogénea e de acordo com a universalidade desse mesmo entendimento.

É nesta relação que o ratio do binómio eficiência/eficácia não deve ser uma média obtida pela divisão algébrica de valores, mas inquestionavelmente uma adição de critérios, conscientes e instruídos, acumulada sem género e sem qualquer tipo de constrangimento e contexto. A relação entre termos é para mim, o fruto de uma progressão exponencial, natural e evolutiva.

Por muito que muitos apregoem serem capazes deste domínio, sei bem como, em consciência, e em auto análise, cada um desses muitos dirá que o resultado obtido é geralmente diferente do esperado. Este factor pronuncia de forma inexorável o engano em que a maioria se inflexibiliza pela falta de capacidade de adaptação ao desenvolvimento progressivo exponencial.

Juntas, estas diferenças são a última arma da excelência, pois fundem intensidade e conhecimento com perseverança e foco num valor final que designo de performance, o resultado final de tanta equação. Separadas, são somente a explicação do quanto a maioria não percebe nem saberá porque não me consegue acompanhar.