Do cabo que viu partir tanta gente,
eis que sinto enfim toda a melancolia.
Do medo da partida com ânsia,
que envolve a procura da fortuna,
num caldo que afaga somente,
quando o regresso será certeza,
um misto de saber, ser.
Um novo homem, um novo dia.
Do ciclo vivo então,
tão forte como o vulcão,
o que constrói sem dúvida aparente,
para quem quer ver, para quem sente,
terra nova, na boca de gente,
na mente,
que sente essa magia.
Abraço assim a minha fortuna,
com a força do vento que puxa,
o mesmo que empurrou a mesma gente,
que pela cabeça infante,
decidiu sonhar, durante o dia.
É nesse sonho demente, talvez,
que me encontro sem medo, pois não sinto,
a apatia da mesma gente que,
inconsequente não sonhou por ser dia.
Mas é na noite que encontro,
um pouco novo de mim.
Como o colo da mãe bem quente,
que fez alto e forte, eu homem,
o mesmo que cobarde não vive o presente,
pois decide pensar primeiro no fim.
the MONSTRUKTOR